18/09/2014

Descobrindo(?) Gravatá...


Gravatá é uma cidade do interior de Pernambuco distante aproximadamente 80 km da capital Recife e parte de seu "charme" está no clima de serra, onde a temperatura pode chegar a ficar em torno de 15ºC nos dias mais frios. Realmente, uma tentação para a região nordeste, sempre muito quente durante o ano todo.

Várias pessoas recomendaram conhecer a cidade. Comentários sobre a ampla rede de hotéis, resorts, spas e pousadas em torno dela e também quanto aos restaurantes que servem fondues e outros com opções regionais (cozinha nordestina) me deixaram curioso. E para quem curte, a cidade possui algumas opções de programação voltada ao ecoturismo e atividades radicais como escalada e rapel.

Acordei no sábado e perguntei a minha esposa se ela queria ir conhecer Gravatá. Ela topou a idéia. Saímos com uma pequena mochila no porta-malas, pois se houvesse empatia com o local, tentaríamos ficar em alguma pousada ou hotel. A estrada (BR 232) está duplicada mas está com excessos de "buracos" em vários pontos dela. Tanto na ida quando na volta vi carros no acostamento com rodas amassadas ou pneus rasgados...

Gravatá é rodeada pelas reservas de mata atlântica e da caatinga, sendo uma paisagem muito agradável de ser contemplada ainda na estrada. O primeiro local que parei foi no posto de Informação Turística na entrada da cidade. O atendimento prestado pela funcionária foi atencioso mas faltou o mapa da cidade pois ela havia entregue o último a um casal que havia chegado antes. Mesmo assim ela se esforçou em indicar alguns pontos a serem visitados. 


Restaurante Charque da Dona Neuza
E indicou, por duas vezes, um restaurante para almoçarmos. Acreditei ser então um local bacana. Este foi um enorme erro. Parei neste restaurante chamado Charque da Dona Neusa, um local bonito mas muito cheio, sem espaço climatizado e com atendimento deixando à desejar. Preço nada convidativo para o tipo de lugar e o espanto maior aconteceu quando solicitei ao garçom que me trouxesse pãozinho para acompanhar o prato - vieram duas mini-baguetes que pareciam terem sido re-esquentadas naquele instante; e o mais absurdo foi o valor cobrado por elas - R$ 12,00. Em minha opinião, um roubo descarado! Não gosto de "rasgar dinheiro" e nem ser feito de bobo. Infelizmente foi o que aconteceu comigo neste lugar!

Depois do desastre do almoço, resolvemos dar uma volta pela cidade. Como estávamos ao lado do pólo moveleiro, caminhamos um pouco pelo local e vimos algumas coisas interessantes. Os materiais mais presentes são a madeira maciça e o cipó. Algumas peças em bronze também chamam a atenção.

Em relação à cidade, confesso que esperava um pouco mais. Fui conhecer o Mercado Cultural e a Estação do Artesão. De lá segui as placas e bati no Cruzeiro. Uma igrejinha, uma estação de rádio, dois ou três restaurantes por ali e o cristo de braços abertos. Nada muito diferente do que já vi em outras cidades do interior do nordeste.
Igreja no Cruzeiro
Não passava das 16h quando resolvemos voltar para Recife. Estávamos parcialmente decepcionados e havíamos desistido de pernoitar por lá. Mas, admito que ao fazer um caminho diferente para pegar de volta a BR, acabamos passando por alguns ranchos, haras e condomínios fechados de alto padrão e de extrema beleza. Por aqui, pelo menos durante à tarde, existe uma sensação de aparente tranquilidade e segurança.

Cristo de braços abertos no Cruzeiro
Ainda assim, tive a impressão de que estive visitando o lado errado da cidade; Parece realmente que não descobri a Gravatá de que é tao comentada por aqui em Pernambuco! Lembrando apenas que, por ser uma cidade tão badalada (e excessivamente cara), esperava era encontrar uma mini Campos do Jordão no nordeste... 

Um comentário:

  1. Oi, Marcelo. A verdade é que Gravatá não tem muitos atrativos turísticos, tem eventos: Semana Santa, São João, Virtuosi em Gravatá (festival de música clássica que acontece em julho) e a Festa do Morango. Lá é bom, de modo geral, pra quem tem casa de campo e quer fugir do agito da capital. Garanhuns, por exemplo, é mais interessante do que Gravatá, embora também não exija mais do que 48 horas de permanência. Além dessas cidades, valem a visita: Triunfo, Petrolina e Caruaru, nessa ordem.

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