A Cidade do Samba encontra-se no coração do bairro de Santo Cristo, no Rio de Janeiro. Existem diversas opções para se chegar por alí. Pode ser de carro, ônibus ou até mesmo metrô (com baldeação no teleférico)! E eu escolhi ir de metrô, partindo da estação carioca até a estação central (ou mais conhecida, Central do Brasil). Ao desembarcar nesta estação, busquei a saída em direção ao teleférico que nos leva para o outro lado do Morro da Providência. Detalhe interessante: o uso do teleférico é oferecido de forma gratuita para a população, e não possui espaço para condutor - desta forma o teleférico chega na plataforma de forma bem lenta e de portas abertas para que as pessoas adentrem! Em um determinado ponto da estação, suas portas se fecham, e a velocidade começa a aumentar para que o teleférico possa subir até o alto do morro da Providência, local da primeira parada. Aqui é onde a maioria das pessoas descem. A continuação até a cidade do samba, pelo menos no horário que utilizei foi tranquila.
Vista da saída do Teleférico |
Ao descer na segunda e última parada do teleférico, eu percebi que estava muito próximo da cidade do samba... não chegou nem a 05 minutos de caminhada entre a estação e a portaria. Perguntei ao guarda do turno se poderia visitar a cidade e o mesmo permitiu minha entrada mas avisou que dificilmente alguma escola permitiria visita nos barracões - e foi exatamente o que ocorreu! Mas vale ressaltar que pelo menos neste dia, não tinha o que se observar por dentro ... existiam alguns carros alegóricos desmontados do lado de fora dos barracões, diversas peças de andaime espelhadas pelo chão e mais nada...
Índio em tamanho gigante na praça em frente aos barracões |
Placa e Pedra Fundamental |
Minha curiosidade no local estava ligado diretamente em conhecer onde ocorreu um dos maiores incêndios sofridos por uma escola de samba! Foi no ano de 2011, ano em que o barracão da Grande Rio, vice-campeã do carnaval passado, foi completamente destruído a um mês do carnaval. Estava assistindo o jornal da manhã e a notícia aparece com enorme destaque e cobertura. Foram mais de 04 horas de perigo iminente do fogo se espalhar pelas demais escolas; a nuvem negra que saía do barracão chegou a uma altura de mais de 500 metros... Não tem como olhar para ali e não lembrar das diversas imagens feitas naquela época. Ressaltando que os materiais utilizados pelas escolas de samba são altamente inflamáveis e de fácil combustão, e na época, todas as fantasias e carros alegóricos da Grande Rio encontravam-se praticamente prontos, motivo pelo qual o fogo se espalhou rapidamente! Mesmo com todo a agilidade no combate ao incêndio por parte das equipes de bombeiros, que conseguiram chegar ao local rapidamente, o fogo chegou a atingir parte do barracão da União da Ilha, da Portela e da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba).
Ao invés de voltar até o teleférico para depois utilizar o metrô, decidi experimentar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A estação fica em frente à Via Binário do Porto, logo na saída da Cidade do Samba. O deslocamento até o centro da cidade é tranquilo e rápido, sendo que algumas estações estão diretamente ligadas à pontos turísticos. Ao todo, percorri 07 paradas - sendo que na estação Parada dos Navios encontra-se o local onde foi feito o maior muro de grafite do mundo - intitulado de Etnias e feito especialmente para as olimpíadas do Rio - (ver http://marcelogiacomini.blogspot.com.br/2016/10/redescobrindo-o-rio-de-janeiro-mural.html ),
O VLT passou pelas seguintes estações: Parada Cidade do Samba, Parada dos Navios, Parada dos Museus, São Bento, Candelária, 07 de Setembro até chegar no meu destino final que era a Estação Carioca do Metrô, Dali sigo a pé até a Praça XV, com destino a plataforma de barcas rumo à Niterói. E assim, finalizava meu dia!
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