Uma triste história ronda nosso passado - a ditadura militar. Palco de inúmeras torturas e presos políticos a Estação Pinacoteca que foi construída entre os anos de 1910 e 1914, com arquitetura planejada por Ramos de Azevedo funcionou entre os anos de 1917 à 1937, como uma estação ferroviária administrada pela empresa Estrada de Ferro Sorocabana.
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Olhando o prédio no seu exterior, é difícil imaginar que linhas arquitetônicas tão bem elaboradas pudessem posteriormente ser ocupadas a partir da década de 40 pelo Dops (Departamento de Ordem Política Social).
O Dops foi criado em 1924 com o intuito de ser uma "Polícia Política". Porém, foi no período Getulio Vargas que este departamento ganhou um destaque maior tendo como objetivo reprimir intelectuais, sindicalistas e artistas que estivessem buscando em suas manifestações, uma sociedade mais justa, com uma linha de pensamento mais livre. O auge de atuação do Dops em relação a prisões efetuadas e torturas ocorreu durante a ditadura militar (a partir de 64), quando os movimentos estudantis e passeatas eclodiram pelo país.

Outras personalidades como Anita Malfatti, Elis Regina, Monteiro Lobato, Hebe Camargo, Gianfrancesco Guarnieri, Oswald de Andrade, entre outros foram fichados e estão nos documentos do Dops até hoje.
Atualmente, o Memorial da Liberdade passou a se chamar Memorial da Resistência, pois mudou de nome a pedido de ex-presos políticos que discordavam do "liberdade".
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