Memorial Tortura Nunca Mais - Inaugurado em 27 de agosto de 1993, na praça Padre Henrique, o destaque principal desse monumento é que ele foi o primeiro a ser construído no país em homenagem aos mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. Sua forma ressalta a figura de um homem nu sendo torturado sobre a posição de um pau-de-arara.
Para entender o porquê desta escultura ter sido concebida e exposta naquela praça, temos que voltar um pouco na história. O Movimento Tortura Nunca Mais surgiu como uma atividade clandestina por volta dos anos 70 - (aproximadamente em 1976) e sua atividade principal estava diretamente ligada aos direitos humanos e na busca de informações sobre desaparecidos e/ou torturados políticos durante a ditadura militar de 64.
Por volta de 1987, a entidade registrou-se como uma OSC - Organização de Sociedade Civil - direito privado e fins públicos; desta forma ela saía da clandestinidade e passava a ser reconhecida como uma ONG (Organização Não-Governamental - ou Terceiro Setor) que teria como base a discussão e solução de questões voltadas ao interesse público, fossem elas no âmbito municipal, estadual ou federal. Vale ressaltar que por ser uma instituição sem fins lucrativos, suas receitas só podem vir através de contribuições de seus filiados e doações advindas por parte de verbas públicas.
Em 1988, a prefeitura de Recife abriu uma licitação para a revitalização da atual praça Padre Henrique e para a concepção do monumento. Ficou decidido que este não seria apenas mais um ponto turístico na cidade, e que a escultura deveria transmitir aos visitantes a repulsa contra à tortura e o desrespeito aplicados junto à dignidade da pessoa humana nos anos de ditadura militar.
E para complementar essa obra, foi concebido também a criação de diversas placas que remetem a lembrança de túmulos dedicado às vitimas pernambucanas da época; São poucas representadas e preenchidas com informações de desaparecidos (em torno de umas sete apenas em mais de 40 possíveis), mas que deixam vivo um passado que não conheci mas que tenho certeza de que não quero vivenciar nunca!
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